domingo, 29 de agosto de 2010

V

Não mais desejo; obrigo-me.
Não mais naturalmente verbalizam-se os sentimentos.
Engulo-os, escondo-os, engano-me,
Mantenho-os em sigilosos pensamentos.

domingo, 22 de agosto de 2010

IV

Há apenas a sinceridade em não sentir
Sinceridade em esconder, em fingir,
A tristeza estranhamente mascarada.
Há a sincera felicidade forjada.

Há apenas tudo
E mais nada.

domingo, 15 de agosto de 2010

III

Sinto-me voluntariamente refém do passado.
O seu rosto gravado na minha mente ainda sorri,
O som que ecoa nos meus ouvidos ainda é sua voz.

Solidão é o que melhor traduz meu estado.
Vazio é o que sinto quando penso que não está aqui,
Falta é o que sinto quando vejo que eu e você não significa nós.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

II

I can see you
I can hear you
I can feel you
But I can't touch you
It should mean
That you are with me
More than you aren't
But it doesn't
Cause it's not reality
It's only my dream
And I just can't accept
I just can't agree

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não entendo essa vontade de diferença. Não aceito ser comum. Não quero ser só mais uma.
Não me permitirei acabar após a morte. Não acredito que haja um fim.
Não pode não haver um sentido, algo a mais. Não pode ser medíocre assim. Não é.

Há de ser maior, mais, muito, ser melhor. Ser intenso e ser bom, ser pro bem, por bem.
Há de haver espírito e matéria, juntos.
Há algo pelo que lutar.

(e que se não for por você, que seja por mim)

sábado, 7 de agosto de 2010

meio

Eu não sei o que somos
Não sei o que sou sua
Não sei se voce chega a ser algo meu

Antes que sejamos sinonimos de tortura
Seremos o que sejamos, seja o que fomos
Ficamos sendo só voce e eu

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

I

Tenho agora o que outrora quis
Mas foi há tanto que ja mudei
O que não podia eu fiz
O que deveria, não farei.

Tenho agora o que outrora quis
Mas se o quero agora eu já não sei
Pois se ter o que se deseja é o que nos faz feliz
O que desejo agora, quando terei?

E dedico-me a querer tudo
Mas uma coisa a cada instante
Que um pensamento insiste em me atormentar.

Se eu desejar e então tiver o mundo,
De tanto que sou inconstante,
O que vou passar a cobiçar?